A afetividade não parece ser um termo muito bem visto no mundo corporativo, sempre paira uma duvida se é melhor ser amado ou ser temido? Um recente artigo publicado na Harvard Business Review demonstrou com maestria a importância da afetividade na liderança. Se pararmos para pensar friamente, dificilmente um bom líder não tenha como uma das suas características a afetividade.
Para desvendar esse “Mistério” a ciência comportamental dá sua contribuição para o debate com estudos indicando que Maquiavel estava parcialmente correto, quando julgamos os outros, especialmente nossos lideres, avaliamos primeiro duas características: se inspiram afeto e se inspiram temor. Estudiosos concordam que esses são os dois principais critérios do julgamento social. Estudos conduzidos por Princeton e pela Lawrence University, monstram que profissionais considerados competentes, mas deficientes em afetividade, costuma despertar inveja ou ressentimento. Quando respeitamos alguém, queremos cooperar com a pessoa ou afiliar a ela. Já alguém que é considerado simpático, mas incompetente, tende a provocar piedade.
É verdade que percebemos vários outros traços, mas nem são tão influentes como a afetividade e a força. Alias, descobertas no campo da psicologia mostram que essas duas dimensões respondem por mais de 90% da variação em impressões positivas ou negativas que fazemos do individuo.
Hoje em dia, a maioria dos lideres tende a frisar a força, a competência são as credenciais para o destaque, mas profetar força antes de estabelecer a confiança pode ser um grande equivoco e despertar o sentimento de “medo”. O medo pode minar o potencial cognitivo, a criatividade e foco em resolver problema, levando a paralisia emocional.
Um volume crescente de estudos sugere que o segredo para influenciar, liderar é começar com afetividade. A afetividade é o condutor da influencia, permite a confiança e a comunicação, além da absorção de ideias. Podem mostrar para outros que você tem prazer em estar na companhia deles e esta atendo a seus interesses. Priorizar a afetividade ajuda a se conectar imediatamente com aqueles a sua volta e a mostrar que esta ouvindo o que dizem, que entende o seu lado é digno de sua confiança.
Lembre – se, buscar primeiro a afetividade, e só em seguida combinar essa simpatia com manifestação de competência, esse é o caminho mais claro para exercer a influência, segundo Amy Cuddy, Matthew Kohut e Jonh Neffinger
Uma excelente semana e até a próxima coluna!