Muito embora todos achem que elaborar a estratégia é a parte mais nobre da empresa, você está enganado. O segredo da estratégia está em sua execução, muitos planos brilhantemente desenvolvidos não conseguem ser implementados corretamente e trazer os resultados ali proposto.
Muitos líderes enfatizam muito a estratégia de alto nível, conceituando, intelectualizando e filosofando, porém são poucos aqueles que dizem “COMO” atingir e “QUAL” o seu caminho. As pessoas pensam que a execução é apenas o lado tático do negócio, isso é um grande erro, o líder deve estar profundamente envolvido na tarefa de execução.
O que é execução?
Execução é um conjunto específico de comportamentos e técnicas que as empresas precisam dominar para terem vantagem competitiva. É uma disciplina por si só. É o ato de realização e do cumprimento da tarefa estabelecida.
Percebemos claramente que boa parte dos problemas de estratégia das empresas está no campo da execução e não do planejamento.
Com esse enorme gap, planejar acaba se tornando uma lista de desejos que certamente não atendidos, se transformam em frustrações e descrédito.
Parte da causa deste fenômeno que acomete a grande maioria das empresas é que executar realmente é menos prazeroso do que planejar, estrategiar, bolar soluções mirabolantes. Afinal, o papel e o ppt tudo aceitam.
A execução deve ser a palavra da chave da empresa. A execução não é tática, mas as táticas são a parte central da execução. Os famosos “Como”, “O quê?”, “Quê?” (responsabilidade das pessoas, sobre o processo).
Segundo o Prof. Charan, para a Execução o conhecimento não é suficiente. É necessário treinar a prática que desenvolve reflexos instintivos necessários. É na Execução que se converte o conhecimento em resultados. É necessário muito bom senso, e bom senso, pois sabemos que não é comum, um trocadilho com “common sense is not common”.
Segundo Ram Charan, são 6 Regras para uma Execução Eficaz:
1.Identifique Tendências
Mesmo concentrado em executar é necessário ficar de olho “no horizonte”, porque tendências não são fáceis de serem detectadas (como os “Pontos de Inflexão Estratégica” de Andrew Grove). Algumas tendências atuais chegaram para ficar, como o Poder dos Consumidores na sociedade da internet, isso não mudará. Tudo com a internet ganha escalabilidade, porém a mesma força imensa que o faz subir na internet, se não souber inovar, essa mesma força o traz para baixo.
Muito a ver com “a próxima curva” de Guy Kawasaki e os “sinais atenuados” de Vijay Govindarajan. A internet traz também a possibilidade de alcance global.
2. Defina (poucas) Prioridades claras que definam sua Visão e Estratégia
Exemplificou com Bill Gates:
Visão: “um computador por mesa”.
Prioridade: “baixar o custo a ponto de ficar acessível a todos comprarem”.
3. Pessoas Certas nas Posições Certas
Sabedoria milenar, segundo Charan.
4. Vincule Estratégia – Pessoas – Orçamento
Duas Perguntas muito importantes que muito CEOs esquecem de fazer:
– Que competências não temos e precisamos ter para por essa Estratégia em Execução?
– Quanto de Orçamento precisamos para por essa Estratégia em Execução?
5. Avalie a Performance de olho nas Causas
Não tire conclusões precipitadas. Às vezes a meta não foi batida, mas se o mercado mudou, diminuiu, por exemplo, mas fomos melhores que os concorrentes, a performance deve ser premiada porque soube-se minimizar os efeitos negativos.
6. Pratique, pratique, pratique….
Muitos desses conceitos estão em seu famoso livro Execução, escrito em parceria com Larry Bossidy. Confira a resenha.
Uma excelente semana e até a próxima coluna!